Filme Divertidamente 2 (Inside Out 2, 2024)
- Claudia Comaru

- 10 de out.
- 2 min de leitura
Confesso que assisti ao filme no dia que foi lançado no cinema! Como fã de carteirinha e ainda mais mãe de um filhote de seis anos, gosto muito da forma como as emoções são trabalhadas e traduzidas nestes filmes da rede Divertidamente. Este segundo filme não se trata apenas de uma continuação, sua narrativa aprofunda o entendimento da puberdade, trazendo novos elementos para a compreensão desta fase tão importante do nosso desenvolvimento psíquico e social.
A revolução causada pela chegada do novo painel de controle conduzirá a vida da agora adolescente Riley. Um sinal do que está por vir: novas emoções surgem para dar contorno para as experiências vividas nesta nova fase do ciclo vital. Ansiedade, Inveja, Tédio e Vergonha chegam para conviver com Alegria, Raiva, Tristeza, Nojo e Medo, impondo conexões e uma abertura para o novo que está por vir. A Ansiedade, em particular, traz muita intensidade para a trama, revelando suas múltiplas faces que, ora caminham na direção de um simples planejamento, e podem desembocar na tentativa de controle absoluto dos pensamentos e atitudes em prol da realização das idealizações.
O filme apresenta o poder do sistema de crenças (ou, como o filme chama de senso de si), uma verdadeira árvore de conexões cujas redes interligam experiências a emoções, enraizadas nas memórias-base. A personalidade, portanto, é apresentada como uma entidade dinâmica, passível de transformação a partir das experiências vividas e das falas das pessoas sobre o si mesmo - no caso do filme, sobre a Riley.
A convivência entre as emoções antigas e novas são uma história à parte. A líder do grupo, Alegria, que rivalizou com a Tristeza durante todo o Divertidamente 1, agora se vê ameaçada pela liderança da Ansiedade, que chega impondo o seu ritmo à Riley. Com o tempo, Alegria vai percebendo a importância da Ansiedade na vida de Riley e na organização de tantas demandas e experiências complexas que passam a ser vividas pela adolescente.
Sigo indicando os filmes a todas as pessoas que encontro, de pacientes a alunos, pois percebo a potência de falarmos sobre as emoções de forma leve e lúdica, sem perder a profundidade e o respeito que o tema da consciência emocional exige.
Você já assistiu ao filme? O que achou?
Um abraço,
Claudia




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